No dia 26 de Maio realizou-se a 2ª Oficina de Dança e Música
do Médio Oriente, especialmente dedicada ao Folclore Árabe. Foi mais uma tarde
de conhecimento, trabalho e boa disposição, que promete mais edições e novas
abordagens a este universo fascinante sobre a história e a cultura do Médio
Oriente.
Quando falamos de “Folclore Árabe” referimo-nos a uma
variedade incrível de danças tradicionais que fazem parte do Médio Oriente e do
Norte de África, abarcando diferentes países (Egipto, Arábia Saudita, Líbano,
Marrocos, Tunísia, etc.) e diversas regiões geográficas desses mesmos países,
com diferentes tradições, costumes, festividades, vestuário, crenças, dramas,
alegrias e tristezas… que têm influência directa no estado de humor e na forma
de dançar dessas comunidades.
Por uma questão de tempo e de razoabilidade, esta 2ª Oficina
debruçou-se especificamente sobre o “Folclore Egípcio”, em particular, sobre a
“ Raks al Assaya“ (a “Dança do Bastão/Bengala”) . Esta dança é a versão feminina
da dança tradicional masculina “Tahteeb”, originária da região de Said, no Alto
Egipto.
A música utilizada para este tipo de dança integra o ritmo
“Saidi”, sendo tocada por instrumentos tradicionais como a “Rababa” (provavelmente,
o mais antigo instrumento de cordas, ancestral directo do violino europeu), o “Mizmar”
(uma espécie de flauta) e vários instrumentos percussivos como a “Darabuka” e a
“Tabla Baladi”.
Nesta 2ª Oficina de Dança e Música do Médio Oriente, para
além de uma incursão histórica e cultural, houve oportunidade para estudar o
ritmo saidi, com o acompanhamento da Darabuka, do Daff e do Riqq, e praticar
movimentos característicos deste estilo de dança, em especial o famoso “Horse
Step”.
No final, foram visualizados alguns filmes, retratando a
“Dança Saidi” interpretada por troupes folclóricas renomadas e bailarinos/as
egipcíos/as conceituados/as.
Aqui ficam algumas imagens desta nossa segunda Oficina,
sabendo que muito do que se viveu e conheceu no espaço formativo, extravasa o
que será possível ilustrar por meio somente de imagens e palavras.
O melhor mesmo será participar no próximo encontro e
sentir/aprender em tempo real uma Dança repleta de história e simbolismo!
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